Cheira a mel e flores. Sabe a mel e flores. Não há que enganar. É uma delícia no nariz e na boca. Para quem é muito guloso e gosta de vinhos doces tem aqui um rebuçadinho. Mas, há quase sempre um mas, e, pelo menos na nossa opinião, na finalização não é a melhor. Falta-lhe acidez. Ou seja, o vinho não é muito fresco, mesmo tentando dar-lhe alguma frescura através da temperatura, que também não poderá ser extremamente reduzida para não tirar as outras boas características. Agora que já fizemos uma descrição deste vinho de uma forma séria, vamos agora a umas comparações parvas para conseguirmos perceber um pouco melhor.
É um vinho muito intenso, tanto no faro de golo como no ataque. Muito pouco elegante pois a doçura ocupa todas as nossas papilas gustativas.
É como um ponta de lança pouco elegante que é até bom jogador mas depois não sabe marcar e finalizar. Têm alguém assim em vista? De repente um Bruno Almeida...
Mas atenção que os vinhos, felizmente, não são jogadores. Apesar de não ser o maior adepto de vinhos assim tão doces, esta Colheita Tardia é perfeita para acompanhar algumas sobremesas. Talvez um dia encontraremos um médio ou outro avançado que faça uma dupla com Bruno Almeida para que este resulte tão bem como este vinho, com algumas das sobremesas aqui no Penalti.
Este vinho, por ser doce, é bom para quem está com saudades e reviver boas memórias. Daquelas saudades boas, como jogar ao Bate-pé na Faculdade (sempre fui muito atrasado nestes jogos!). Um golo deste vinho e viajo até ao tempo em que não me bateram o pé a um pedido número 3. Nunca mais me esqueço... chamava-se Irondina e era contínua do refeitório. Era a única que jogava ao Bate-Pé comigo.
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